Com apenas 30 anos, mas um amplo currículo no mundo das artes, Mony começou a carreira cedo, aos 12 anos, fazendo teatro e publicidade. Em Belém, fez seu primeiro trabalho audiovisual em 2016, a série ‘Squat na Amazônia’. Após uma bateria de testes, leituras e ensaios, iniciou as gravações prestes a se mudar para São Paulo.
- Belém é uma cidade riquíssima culturalmente, mas infelizmente ainda há pouco incentivo e fomento. Se nos grandes polos, como São Paulo e Rio de Janeiro, sabemos que já é difícil desenvolver um projeto, quem dirá nessa região. Sem desmerecer qualquer outra trajetória, nossos artistas vivem na corda bamba, carregando em seus corpos a batalha diária desse ofício. 'Squat na Amazônia' retrata, sem dúvidas, uma realidade dos artistas de maneira geral, mas essencialmente do jovem artista local nortista, seus descontentamentos e sua luta para se manter na ativa – completa a atriz sobre a temática da série que estreou nacionalmente em 2019 no Canal Futura e faz parte do catalogo do Futura Play.
Mony teve o seu primeiro longa filmado na cidade. Para fazer o filme ‘Eu, Nirvana’, ela passou por testes com o diretor em São Paulo e pouco depois veio o convite para filmar na capital paraense essa produção da O2 Filmes.
- Na história, faço Sandra, que é uma médica iniciando a sua jornada na residência e descobrindo os prazeres desse chamado e as dificuldades de se colocar no mercado. Foi também um trabalho importante para mim em relação ao processo de desconstrução de imagem. Exigiu-me um cabelo de cor desbotada, sobrancelhas não feitas, um ar de cansaço. Foi um primeiro passo para olhar de forma mais crítica para os padrões e começar a me conhecer com mais carinho – ressalta Mony sobre o longa, que tem estreia prevista para o início de 2021 e conta com a atriz Carol de Oliveira na pele da personagem Nirvana.
Para o final de 2020, ela participa, com a personagem Bebel, do episódio ‘Eterno Retorno’, do projeto ‘Amazônia Oculta’. A série, que terá cinco episódios que exibem narrativas de horror, suspense e ficção científica na Amazônia contemporânea, é do diretor Roger Ellarat e tem previsão de estreia para o fim do ano na TV Cultura do Pará. Trata-se do seu terceiro trabalho com Ellarat; ‘Squat na Amazônia’ e ‘Eu, Nirvana’ também são dirigidos por ele.
- Viver Bebel nesse episódio de ‘Amazônia Oculta’ é um presente! Depois de trabalharmos em outros dois projetos, o Roger me convidou para protagonizar um dos 15 contos da série, que tem essa pegada de terror, suspense e ficção científica na nossa Amazônia. O episódio 'Eterno Retorno' tem muito do poder que acredito que a arte tenha: instiga, faz pensar, para algumas pessoas toca profundo e faz querer voltar no tempo. Bebel chegou num momento pontual na minha carreira e filmar novamente em Belém, estando novamente próxima à minha família, me tocou de forma diferente da primeira vez – completa a atriz.
Atualmente, ela mora no Rio de Janeiro, por causa das gravações da novela ‘Amor de Mãe’, em que fará participação. Na cidade ela mora com o namorado, o ator Mitt Yamada. Juntos eles criaram, em setembro de 2019, a produtora Filomena Produções.
- Temos uma produção teatral que está em pré-produção: o musical 'Como é que se diz "eu te amo”’. O projeto foi contemplado pela lei de Incentivo, está em processo de captação e logo mais iniciará a seleção de elenco (no início de março, filmamos um curta com um trecho do espetáculo, divulgamos como teaser e tivemos bons feedbacks). Eu, particularmente, retomei um hobbie pessoal, que é a escrita, e hoje trabalho as minhas redes sociais. É o meu canal de divulgação dos meus trabalhos e de interação com o público, com textos que tem como objetivo maior inspirar e refletir sobre as questões humanas, autocuidado e autoconhecimento, através da tag #PorDentroDoQueSeVê – finaliza Mony.